“O prisioneiro do céu” é o terceiro livro da saga “O cemitério dos livros esquecidos” e, mais uma vez o autor não decepciona. Vale muito a pena mergulhar em suas obras.
O enredo deste livro é uma espécie de jogo entre passado e presente. Temporalmente, se passa em meados do século XX, logo após a primeira parte, “A Sombra do Vento”. Mas gira em torno do passado revelado na segunda parte, “O Jogo do Anjo”. Velhos segredos vêm à tona, etapas cujos protagonistas gostariam de considerar encerradas.
Não quero falar muito sobre a história, pois é um livro bastante curto e seria muito fácil dar spoilers. Em suma, gira em torno do personagem Fermín Romero de Torres (não tem como não amar Fermín e você torce para que apareça um Fermín na sua vida, para chamar de amigo), seus enigmas e todas as coisas que ele deixou por fazer. Porém, é contado do ponto de vista de Daniel Sempere, o que lhe confere um toque muito mais próximo.
Ele aborda muitos tópicos, de uma forma pouco convencional. Gostei da forma de refletir o amor, tão apaixonado e, ao mesmo tempo, cotidiano, evitando o sensacionalismo dramático. A loucura também é central neste livro, a loucura como fonte de enigmas. E, claro, a literatura, estrela do “Cemitério dos Livros Esquecidos”.
Quanto ao final... sem palavras. É completamente desconcertante, tão aberto, tão confuso. A gente fica sem saber onde está a linha que separa a realidade do delírio.
Resumindo, totalmente recomendado, um livro que não decepciona.
Comentários
Postar um comentário