Carlos Ruíz Zafón faleceu em 19/06/2020, aos 55 anos. Acredito que a melhor forma de homenagear um autor é lendo suas obras, pois ele sempre pode viver em suas páginas.
O efeito que os romances de Zafón tiveram em mim é o fato de que quando comecei a lê-los tive dificuldade em parar e quando terminei, a vontade era de ler novamente o livro.
“O jogo do Anjo” é a segunda parte da série “O cemitério dos livros esquecidos”. Os acontecimentos deste livro ocorrem em um momento anterior àqueles que conhecemos em “A Sombra do Vento”. O protagonista é David Martín, um jovem escritor que, devido a uma série de acontecimentos, acaba aceitando um acordo com um estranho editor, chamado Andreas Corelli. Ele se compromete a escrever uma obra que dê vida a uma nova religião em troca de uma grande soma de dinheiro. O que ele não sabe é que o fato de escrever esta obra o fará entrar em uma trama cada vez mais sombria, que testará sua sanidade e arriscará sua vida.
O protagonista é um personagem inteligente, corajoso, forte e irônico. Outro ponto interessante é que conheceremos Isabella, que mais tarde se descobre ser a mãe de Daniel Sempere, protagonista do primeiro livro. Eu realmente adorei a personagem. Ela é inteligente, atrevida, espirituosa e determinada. Os outros dois personagens importantes que aparecem são Pedro Vidal e Cristina Sagnier: o primeiro é o mentor e protetor do protagonista e a segunda é o seu grande amor. E, por último, devemos falar de Andreas Corelli, o enigmático editor que parece estar rodeado de morte e que acabaremos não sabendo quem ou o que ele é.
“O Jogo do Anjo” não é um romance onde tudo fica resolvido e, claro no final, pelo contrário, deixa muito para interpretação. Embora seja verdade que existem tramas tão próximas, nunca fica claro quem é Corelli e o que realmente aconteceu com David.
Recomendo esta saga e o autor. Estes livros são aqueles que, de tempos em tempos, precisamos reler.
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