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Nobreza de Sangue - Editora Pandorga

Nobreza de Sangue, da Editora Pandorga traz a biografia de duas pessoas históricas da Europa Oriental, que contribuíram para a criação do que se chamou de vampiro moderno.

Elizabeth Báthory (1560-1614 - Humgria) "A Condessa sangrenta”, foi acusada de ter torturado e matado mais de 650 garotas para obter seu sangue e nele se banhar. As torturas usadas variavam entre surras violentas, mutilações, mordidas em diversas parte do corpo, principalmente faces e braços, uso de agulhas e formigas.

Ainda que ela tivesse torturado, atormentado, abusado e matado muito mais camponesas e plebeias, o código penal da época não permitia que um plebeu fizesse uma queixa contra um nobre, o que fazia Elizabeth estar, de fato, acima da lei. Somente quando começou a torturar filhas e irmãs de nobres é que foi levada a julgamento.

Especula-se que sua predileção por garotas tenha raízes em sua própria adolescência – época em que convivia com uma tia bissexual.

Elizabeth, ao longo de sua carreira sanguinária, contou também com a ajuda de quatro fieis cúmplices: Janos (também apelidado de "Ficzko"), um jovem demente mental que ajudava no ocultamento dos cadáveres e no funcionamento dos instrumentos de tortura, Helena Jo, ama dos filhos de Isabel e enfermeira do castelo, Dorothea Szentos (ou "Dorka"), uma velha governanta, e Katarina Beneczky, uma jovem lavadeira acolhida pela condessa.Para não manchar o nome da família, a “Condessa de Sangue” escapou da pena de morte e ficou em prisão domiciliar entre 1610 e 1614. Sua prisão era seu próprio aposento, que foi emparedado e possuía apenas um buraco na parede, onde havia apenas pequenas aberturas para ventilação e para passagem de alimentos.  Morreu Em 21 de agosto de 1614, sendo a localização de seu corpo desconhecida.

Vlad III, nasceu 129 anos antes de Elizabeth Báthory e apesar das especulações, não tinham nenhum vínculo familiar.  

 Aos 11 anos, Drácula e seu irmão Radu, viraram reféns políticos e foram enviados a Constantinopla, onde viveram com o imperador bizantino. Os irmãos presenciaram execuções de prisioneiros, incluindo a prática de enforcamento.

Vlad III Dracul, que era conde, mas fazia papel de príncipe, defendeu seu território contra ataques do Império Otomano no século 15. Na época, ele era governador da Valáquia, uma província que ocupava quase todo o sul da Romênia. Apesar de ter resistido bravamente durante anos - o que evitou que os turcos avançassem por aquela região da Europa - ele acabou derrotado pelos otomanos.

Ao conquistar o trono, ele passou a acertar as contas com os seus inimigos e ganhou sua reputação como Vlad, o Empalador, criando um legado de assassinatos de homens, mulheres e crianças. Executou muitas pessoas que pudessem trazer qualquer risco à estabilidade política desejada por ele, começando a assassinar todas as pessoas ligadas à morte de seu pai e de seu irmão mais velho e, é claro, não fazia isso apenas por vingança, pois as propriedades de seus inimigos eram assimiladas às suas.

Essa limpeza ficou conhecida pelos requintes de crueldade com que Vlad tratava suas vítimas, que não eram simplesmente executadas, mas antes, torturadas, e o método principal, era o empalamento, porém tinha mil outras técnicas para torturar suas vítimas, com requinte de crueldade. Especula-se que O Empalador matou entre 40 a 60 mil pessoas.

O mito de que Vlad era um vampiro começou porque ele drenava o sangue das pessoas empaladas com um ferimento no pescoço. Algumas lendas dizem que ele passava o sangue de suas vítiumas em seu pão e o comia.

Sua morte é um mistério. Outro grande mistério é o que foi feito com seu corpo. Em 1931 foi localizado um caixão contendo um esqueleto com fragmentos de vestes feitas de seda e um anel parecido com o usado pela ordem do Dragão, do qual Vlad fazia parte. Levados para o museu de Bucareste, os artefatos desapareceram, aumentado ainda mais o mistério que envolve a vida do Drácula.

Hoje, há romenos que argumentam que esse assassino em massa era de fato um herói nacional. Estátuas em sua homenagem em seu local de nascimento, e seu local de descanso são vistas como sagradas para muitos. Mesmo com a fama brutal que acompanha seu nome, ele é considerado um herói nacional na Romênia e na Moldávia.



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