Além dos livros
do universo da Terra Média, Tolkien escreveu uma grande variedade de escritos
incluindo “Mestre Gil de Ham”, que começou como um conto para seus filhos e se
tornou uma pequena novela de fantasia.
O livro começa
com um aborrecimento doméstico onde o fazendeiro Mestre Gil, irritado com seu
covarde cachorro Garm, sai e enche seu anacrônico bacamarte com pólvora de
fogos de artifício (Ah....há uma descrição da arma logo no início do livro) e ataca
um gigante que pisou em uma de suas vacas. Depois disso, Mestre Gil é
condecorado com o título de cavaleiro por um rei agradecido e desenvolve uma
reputação (um tanto imerecida) de heroísmo, que acaba obrigando-a a enfrentar um
dragão chamado Chrysophylax. Os
resultados dessa escolha levam a mais conflitos e a mais oportunidades de
heroísmo que acabam por tornar o Fazendeiro Giles uma pessoa muito mais
importante do que ele imaginava antes.
A segunda parte
do livro consiste na história inicial muito mais simples e menos detalhada com
a qual Tolkien divertiu seus filhos, que ainda assim é uma história divertida.
Na terceira e
última parte há uma série de notas que Tolkien escreveu sobre uma sequência
abortada da história, que tratava do heroísmo do filho de Giles, que o sucedeu
no reinado.
O livro é um
lembrete de que a luta contra o mal e as trevas é tal que muitas vezes nos
afasta daquilo que preferiríamos estar fazendo e, às vezes, desperta dentro de
nós um heroísmo que nós e outros talvez não vejamos prontamente dentro de nós.
Mesmo um simples fazendeiro com um cachorro inexpressivo pode acabar derrotando
um gigante e um dragão, protegendo seus vizinhos e se tornando um governante
por meio de seus feitos gloriosos.
Há passagens na
história em que é impossível você não lembrar dos livros “O Hobbit” e “O Senhor dos Anéis”.
Espada Morde-
cauda – “Essa espada – recusa-se a permanecer na bainha se houver um dragão num
raio de cinco milhas...”
Cota Malha – “Se
pensa na verdadeira cota de malha, não vai consegui-la. Ela exige a habilidade
dos anões, pois cada anelzinho se encaixa em outros quatro, e assim por diante”.
Dragão – “Obviamente,
aquele local havia sido de poderio e orgulho em tempos remotíssimos, pois os
dragões não constroem esse tipo de obra nem escavam esse tipo de mina, mas
preferem, quando possível, morar nos túmulos e esconderijos de tesouros de
homens e gigantes poderosos de outrora”
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