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O feiticeiro de TerraMar - Ursula K. Le Guin

 


Quando eu era mais jovem adorava livros de suspense e policial, não é à toa que a minha escritora preferida era Agatha Christie. Acho que comecei a gostar de fantasia quando assisti “História sem fim”, mas quem me apresentou Feiticeiros, Hobbits, Feitiços, Dragões, foi definitivamente Tolkien e depois Harry Potter. Hoje não recuso nenhum livro de fantasia.

Em 2022, ganhei do meu amigo Artur “O Feiticeiro de Terramar”, da escritora americana Ursula K. Le Guin.  Primeiro me surpreendi com a história e o legado deixado pela autora. Só para ter uma ideia sobre a autora, o primeiro livro da série foi publicado em 1968, e seus personagens principais são de pele acobreada, parda e negra... Isso mesmo!!!! 1968!!!! Nos EUA!! Como a própria autora disse no Posfácio do livro: “Minha história não seguiu a tradição”.

Ao ler, não há como não pensar em Gandalf, mas como a própria autora afirmou: “Naquela época, em 1967, os feiticeiros eram todos, mais ou menos, Merlin e Gandalf. Velhos, chapéus, pontudos, barbas brancas.

Mas este era para ser um livro juvenil. Bem, Merlin e Gandalf devem ter sido jovens um dia, certo? E quando eles eram jovens, quando eram crianças tolas, como aprenderam a ser feiticeiros?

Bem, aqui está o livro que segue a história de Ged/O Gavião, que está destinado a ser um grande mago. Segue-o através de suas primeiras lições, seu primeiro erro grave, sua escola de bruxos e as missões que ele empreende para corrigi-lo e uma ameaça morta-viva, lançada por sua própria vaidade imprudente. “Para ser o homem que pode ser, Ged precisa descobrir quem e o que é seu verdadeiro inimigo. Ele tem que descobrir o que significa ser ele mesmo. Isso requer não uma guerra, mas uma busca e uma descoberta.  A busca o leva através de perigo mortal, perda e sofrimento. A descoberta lhe traz a vitória, o tipo de vitória que não é o fim de uma batalha, mas o início de uma vida”.

A Editora incluiu um posfácio de Le Guin sobre a escrita e publicação do livro, que vale a pena ler. Ela fala sobre a criação do reino, sobre os mapas, sobre as diversas publicações, como incluiu temas subversivos na história e sua incansável luta para que seus personagens fossem descritos exatamente como ela os criou, especialmente com relação à cor de suas peles.

A Editora Morro Branco é a responsável pela publicação dessa Saga e já lançou os dois primeiros livros.

Recomendo a Leitura. 


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