Na obra literária “O morro dos ventos uivantes”, de Emily Brontë, há um claro conflito dentro das questões de classe social, raça e amor entre os personagens. Em uma sociedade onde dinheiro e poder são necessários para o sucesso, Heathcliff, um pobre órfão de pele escura, sentiu que era sua responsabilidade subir na hierarquia social para se tornar adequado para Catherine Earnshaw. Quando Catarina preferiu casar-se com Edgar Linton, apenas por causa de seu status, Heathcliff retaliou vingando-se contra os Earnshaws e Lintons.
As ações de Heathcliff foram motivadas pela necessidade de status e constrangimento da rejeição de Catherine.
A sede de vingança de Heathcliff surgiu já na infância. O início do livro ilustra a aparência de Heathcliff. Depois de ser chamado de diabólico, referido como "ele" e abusado na casa de Earnshaw por causa de sua cor de pele, ele passa a ser um estranho. Ele era constantemente ofendido e desprezado por quase todos na casa, vivendo uma vida cheia de abusos constantes. O amor de Heathcliff por Catherine Earnshaw permitiu que ele aceitasse o abuso de Hindley (irmão de Catherine), sabendo que ele teria uma vida com Catherine. Há inúmeros flashbacks na narração de Nelly (governanta da Família Earnshaw), que nos levam de volta à infância de Heathcliff, e que mostram os graves maus tratos. No entanto, quando Catherine decide se casar com Edgar Linton, Heathcliff foge por três anos para ganhar dinheiro e volta no topo da hierarquia social.
A obsessão de Heathcliff por vingança contra Edgar supera muito seu amor por Catherine. Todos acabam infelizes com base na decisão egoísta de Catherine de casar-se com Edgar. Heathcliff, por despeito casa-se com a Srta. Isabella Linton (irmã de Edgar) e Edgar está com o coração partido, porque seu amor não é tão eterno quanto o amor de Heathcliff e Catherine. O resto do livro descreve os personagens em um tom deprimente e mostra seu sofrimento interno.
“O morro dos ventos uivantes” é uma montanha russa, que faz você questionar o conceito de amor e se o "amor verdadeiro" é feito para deixar um tornado tão destrutivo em sua esteira. Todos esses personagens são tóxicos.
É uma leitura frustrante, já que não há rendição ou arrependimentos, e é precisamente por isso que eu acho que Emily Brontë fez um trabalho tão magnífico com o livro.
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