O mito grego de Prometeu – que roubou o fogo dos deuses e o deu aos homens, sendo por isso punido por Zeus – trata da luta primordial entre pai e filho. Essa luta é o ponto de partida para a interpretação dada pelo psicoterapeuta junguiano Jörg Rasche.
Para ele, a revolta e o amadurecimento do princípio masculino também atinge as mulheres. E só o conhecimento pleno do mito de Prometeu tornará esse fato evidente para todos nós, nos mostrando muitas vezes o motivo de grande conforto em saber que há "sentido" no sofrimento, pois as circunstâncias atormentadoras por que passamos representam as fortes dores de uma fase nova de vida em que vamos ingressar. Uma experiência como essa é uma dádiva, mas só a recebem os que se tornam receptivos a ela.
Neste livro o autor, além de nos mostrar a questão da solidão, depressão, sentimentos de culpa, acusações e autoacusações, traz que o mito de Prometeu contém muito mais maravilhas do que a velha história de culpa e redenção. Afinal, Prometeu nos entregou o fogo divino, simbolicamente ligado à tecnologia e ao progresso da humanidade – o fogo dos deuses – e revela que esse mito trata também da questão do perigo de se manipular a tecnologia.
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