Livrófilos

  Imagine uma pessoa de 50 anos, machucada por causa de uma desilusão amorosa do passado. Seu grande amor partiu, enquanto dormia, deixando apenas uma carta. Durante 21 anos, ela tentou ignorar essa carta e seu passado, tornando-se uma pessoa solitária. Por medo e orgulho, evitou a todo custo ler a carta deixada por seu amor. Por todos esses anos, evitou entrar no quarto onde os dois viveram a sua intensa história de amor. Porém, um acontecimento faz com que fique diante da carta e de seu doloroso passado. Uma série de acontecimentos fazem com que o enfrente e saia em busca das respostas para perguntas que guardou durante anos. Ao ler essa sinopse você deve estar pensando que é mais um livro que conta a história de uma mulher machucada, que sai em busca de respostas. Pois bem, enganou-se: é a história de Jean Perdu, que se considera um "farmacêutico literário". De seu barco-livraria, ancorado no rio Sena, ele prescreve livros para todas as dificuldades da vida. Jean se perdeu

Os sofrimentos do Jovem Werther, de Johann Wolfgang von Goethe é um romance epistolar (em formas de cartas) que o jovem Werther escreve para seu amigo Guilherme (Wilhelm, no original) contando sobre a história de amor impossível com Carlota (Charlotte). O livro possui dois momentos. O primeiro nos apresenta a personalidade sensível de Werther, assim como seu peculiar apreço à natureza. Seu viver é dos mais belos e ele é um ser livre. Encontra inspiração no mais simples ocaso, busca vida em tudo que o rodeia, nela se embebe e enfim respira harmonia. O segundo evolui gradativamente, assim como a dor do protagonista, que encontra a mais pura melancolia ao apaixonar-se por Carlota, uma jovem com certa pitada da típica heroína romântica que, por infortúnio do destino, está destinada a outro homem - Alberto. Até certo ponto, eu pude compreender o martírio que era gostar de Carlota e não ser correspondido. Não é como em muitos outros romances, onde a mocinha ou mocinho até gosta, mas não