Os testamentos - Margaret Atwood
Demorou mais de 30 anos para que a escritora canadense Margaret Atwood
finalmente escrevesse e lançasse uma sequência para O conto da aia (1985). “Os
Testamentos” se passa 16 anos após a retirada da bebê Nicole da república
Gilead, dando ao leitor explicações e mostrando melhor a forma de vida que
circula por lá.
Uma das narrativas é a da Tia Lydia, personagem frequentemente citada por
Offred no primeiro livro como severa e brutal. A segunda é Agnes, filha de um
comandante de alto escalão da política interna de Gilead. E a terceira é Daisy,
uma garota comum morando no Canadá, perto da fronteira com Gilead.
Acho que o momento em que os caminhos das três se cruzam é, talvez, o mais
importante, e o que representa uma esperança para quem sofre com o
totalitarismo de Gilead, e para nós leitores que buscamos essa esperança em
diversos momentos, seja pela história ou por nossa própria realidade.
Atwood escreveu uma história sobre luta e esperança — com planos intrincados, mulheres ajudando mulheres e alguns sacrifícios terríveis. Um livro escrito por uma mulher, sobre mulheres pra mulheres e para todos que lutam contra o facismo, o fanatismo político e religioso.
Atwood escreveu uma história sobre luta e esperança — com planos intrincados, mulheres ajudando mulheres e alguns sacrifícios terríveis. Um livro escrito por uma mulher, sobre mulheres pra mulheres e para todos que lutam contra o facismo, o fanatismo político e religioso.
Mas, às vezes, tudo de que precisamos é de esperança. Precisamos acreditar que
governos totalitários não vencerão.
Quando há uma religião no governo, muitos se tornam hereges , todos que são
concorrentes. Quando as pessoas têm medo e se sentem ameaçadas, tornam-se
conservadoras e dispostas a renunciar aos direitos civis em troca de segurança.
É nisso que eles acreditam.
É sempre uma mentira.
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