“Um povo que não conhece a sua história está condenado a repeti-la”
Acreditamos nessa famosa frase de Edmund Burke e mais, que no
contexto de um Mundo interligado, a “sua história” ultrapassa as fronteiras
nacionais e demanda o estudo da História Universal.
Por isso, comentamos hoje a obra do jornalista Andrew
Nagorski, “A Batalha de Moscou” (@editoracontexto ).
O autor alterna depoimentos de participantes do conflito com
a pesquisa a documentos e reportagens da época para construir um retrato fiel
da maior (e talvez mais decisiva e sangrenta) batalha da II Guerra Mundial,
embora não a mais famosa.
A obra é bastante completa, abordando os aspectos
estratégicos, humanos e políticos do conflito e mostrando toda a crueldade da
guerra e o sofrimento e perdas humanas causados por este flagelo.
Um aspecto importante, que nos leva novamente à frase
inicial, é a abordagem do autor quanto ao comportamento de Hitler e Stalin na
condução de suas tropas naquela batalha e o quanto suas idiossincrasias
custaram em vidas humanas.
Comportamentos como um certo “ciúme” de Stalin quanto ao
protagonismo do Marechal Zhukov, aumentando a dificuldade para a defesa do
território invadido, ou a loucura e arrogância de Hitler, levando - para nossa
sorte - a erros repetidos, como a demissão do comandante em chefe do Exército e
do comandante da divisão Panzer em ação naquela frente de batalha por terem
contrariado seus desejos, e seu completo distanciamento da realidade, que o
levaram à derrota, considerada pelo autor o início do fim do sonho monstruoso
de dominação nazista.
Uma lição quanto ao custo, para qualquer povo, de ser
governado por indivíduos autocráticos e que se julgam iluminados, acima de
todos.
Fica a dica.
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